Postagem Sobre Pirataria
Recentemente fomos informados de que uma versão ilegal e pirateada da Classificação de Diagnósticos
de Enfermagem da NANDA-I em Português do Brasil foi compartilhada nas redes sociais. Tivemos acesso
a essa versão e consideramos importante declarar que se trata de uma cópia de qualidade
extremamente baixa em termos de tradução, validade científica e formatação. A Classificação da
NANDA-I é uma fonte e repositório do conhecimento de enfermagem sobre as respostas humanas. Já
demonstrou-se que o uso de diagnósticos da NANDA-I auxilia no raciocínio clínico e na tomada de
decisão terapêutica e impacta positivamente em desfechos clínicos. Portanto, qualquer cópia pirateada
é prejudicial ao propósito de comunicar o impacto do enfermeiro no contexto interdisciplinar.
Aqui estão alguns exemplos de tradução e formatação de baixa qualidade.
Os domínios e classes da taxonomia II estão ilegíveis:
Os diagnósticos Perambulação (00154) e Risco de vínculo prejudicado (00058) foram erroneamente
traduzidos e definidos:
A única edição brasileira da Classificação NANDA-I aprovada e validada é publicada pelo Grupo A,
Artmed, e revisada por uma grande equipe brasileira de pesquisadores e especialistas em conteúdo. A
equipe é liderada pela Profa. Dra. Alba Lucia Barros há muitos anos, e sua experiência e a de seus
colaboradores garantem a melhor qualidade de tradução possível. Além disso, há um intercâmbio
consistente entre o Comitê de Desenvolvimento de Diagnóstico e a liderança da NANDA-I durante o
processo de tradução, o que garante uma forte consistência com o idioma inglês original.
Esperamos que as enfermeiras e os enfermeiros brasileiros assistenciais, pesquisadores, educadores e
gestores brasileiros entendam o impacto negativo das versões ilegais e pirateadas de trabalhos
protegidos por direitos autorais. Pedimos que você se recuse a promover esta publicação de má
qualiddade e ilegal – por favor, não use ou compartilhe isso com seus colegas ou em suas instituições. O
valor de uma Classificação bem traduzida e validada e dos capítulos que a explicam e apoiam é claro:
precisamos ser capazes de usar a mesma linguagem para definir as respostas humanas, para que
possamos compartilhar dados que nos permitirão melhorar os cuidados e desfechos dos pacientes.
Por fim, devemos dizer que esse problema não é exclusivo do Brasil – vemos traduções pirateadas, não
autorizadas e de baixa qualidade em outros idiomas também. Da mesma forma, encontramos cópias
piratas da versão em inglês. O uso e compartilhamento de trabalhos piratas não é apenas antiético, mas
compromete a qualidade do trabalho, o financiamento que apóia o trabalho nesta Classificação,
recebido das publicações, e limita nossa capacidade de compartilhar informações e dados em todo o
mundo.
Camila Takao Lopes, Diagnosis Director, NANDA International